- Entre médios: o cotidiano dos jovens israelenses e palestinos em meio à guerra
A reportagem analisa os efeitos da guerra entre Israel e Palestina no cotidiano de jovens da geração Z, tanto palestinos quanto israelenses, com base em quatro depoimentos coletados após os eventos de 7 de outubro de 2023. O foco é identificar mudanças nas rotinas, condições materiais e percepções de futuro, a partir de cinco eixos: impactos diretos da guerra, acesso à cultura e lazer, educação, trabalho e uso da internet.
Do lado palestino, os entrevistados vivem sob bloqueio israelense, com acesso restrito a recursos básicos como água, eletricidade, educação e saúde. A destruição de infraestrutura, o desemprego estrutural e os altos custos para tentar sair da região compõem a realidade desses jovens, para quem a guerra é tratada como um elemento permanente na vida. A experiência cotidiana é marcada por racionamentos, colapso dos serviços públicos, insegurança alimentar e violência recorrente. Essas condições afetam não apenas a sobrevivência material, mas também a saúde emocional, os vínculos sociais e as perspectivas de futuro.
Entre os jovens israelenses, os entrevistados mantêm acesso a serviços essenciais, educação superior e mercado de trabalho. O serviço militar obrigatório é descrito como uma via de formação pessoal e profissional, sendo um rito que integra os jovens à estrutura do Estado. Embora relatem medo, traumas e tensão após os ataques do Hamas, vivem dentro de uma sociedade que mantém funcionamento institucional, apoio social e políticas públicas que asseguram uma relativa estabilidade.
A reportagem também analisa o papel das redes sociais como meio de comunicação, denúncia e disputa simbólica. Em Gaza, as redes são utilizadas para relatar a realidade local, resistir culturalmente e buscar solidariedade internacional, ainda que sob censura, vigilância e risco pessoal. Em Israel, as redes servem tanto como fonte de informação e sociabilidade, quanto como espaço de polarização e conflito de narrativas, onde circulam expressões de solidariedade, mas também discursos de ódio.
Além dos relatos individuais, há uma importante contextualização histórica, abordando a colonização britânica, o surgimento do movimento sionista, a partilha da Palestina pela ONU em 1947, a Nakba e o consequente deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos. A reportagem reforça que o conflito não pode ser reduzido a questões religiosas, sendo, sobretudo, uma disputa política, territorial e colonial que molda, de maneira profundamente desigual, a vida das novas gerações na região.
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Mais do que esporte, a várzea movimenta a economia local, atua como ferramenta social e cultural, e mantém viva a paixão popular pelo futebol. Em meio à especulação imobiliária e à urbanização, ela resiste — com copas premiadas, times organizados e torcidas fiéis. Histórica, pulsante e atual, a várzea continua sendo do povo — e, cada vez mais, do futuro.
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